quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Celebridades dos anos 60


Vou confessar que tenho mania em organizar todas as coisas que eu gosto em listas e depois de um tempo relê-las, acreditem, isso é uma ótima fonte de entretenimento. Hoje vou compartilhar com vocês a lista que fiz há pouco tempo de mulheres que inspiraram a geração mais transgressora do século 20 e fizeram dos anos 60 uma década de rupturas, conquistas e revoluções.
  • Janis Joplin

Tinha um sotaque caipira e uma beleza longe do convencional. Uma branquela com voz de negra poderosa. Elétrica, inconseqüente, maravilhosa. Ela viveu muito pouco, mas mudou para sempre a história do rock. Janis era tudo o que eu queria ser. Ok, quase tudo.



  • Jacqueline Kennedy

Ao assumir a Casa Branca, a primeira providência da Sra. Kennedy foi se livrar da mobília deplorável das famílias dos presidentes anteriores. Tratou de redecorá-la com senso estético e critério histórico e de registrar a casa presidencial como museu. Amava roupas francesas, mas acatou sem frescuras, a recomendação do sogro, Joseph, de adotar em sua “moda de estado” o designer hollywoodiano Oleg Cassini. Gostava de amarelos vibrantes e turquesas fortes em tauilleurs e mantôs secos, mas odiava estampas e acessórios, os poucos que adotou tornaram-se clássicos: os óculos ovais gigantes, o lenço amarrado no queixo e o colar de pérolas de três voltas. Jacqueline nunca mudou a cor e o corte do cabelo e elevou a dupla “calça capri e sapatos rasos” à categoria de símbolo de despojamento-chique. Fluente em quatro idiomas, expressou-se melhor em atitude que em declarações públicas. Foi a imagem mais elegante (se não a única) que a revista masculina Hustler publicou em toda a sua história.



  • Twiggy

Foi nos anos 60 o que a Kate Moss foi na virada dos anos 90. Ia contra os padrões de beleza. Era muito magrinha com grandes olhos e cílios que realçavam qualquer foto. Seu nome de batismo é Lesley Hornby, o apelido Twiggy, em inglês, significa graveto. Fica a dica, você pode ou não estar adequada ao padrão da sua época, mas para fazer sucesso precisa ter estilo.







  • Simone de Beauvoir

Entre fumaça de gás lacrimogêneo e rebeliões que pretendiam chegar aos céus, Simone de Beauvoir foi a mente que arquitetou a emancipação feminina, a idéia que deu certo nos anos 60. A garotada que iria tentar mudar o mundo em 68 ainda chorava nos berçários de Paris quando ela empregou cinco palavras para explicar às moças o que era preciso fazer antes, para mudar a si próprias: “A mulher não nasce, torna-se”. Ensinou que era obrigação manter o brilho próprio e jamais renunciar à busca da felicidade. Sem tirar o coque e o tailleur, raramente sorria. Apaixonou-se várias vezes de modo derramado e irredutível, para fúria de discípulas incapazes de entender toda a mensagem da mestra. 
  • Jane Fonda

Hoje é difícil de acreditar, mas Jane Fonda foi o típico exemplo da “modelo que virou atriz”. No fim dos anos 50 antes de ingressar no cinema, Jane fotografava editoriais de moda para a Vogue. Como atriz, levou o Globo de Ouro em Pelos Bairros do Vício, de 1962, em que interpretava uma garota de programa. Durante os anos 60 e 70, aliou o sucesso nas telas com um forte ativismo político. Ficou conhecida pelo apoio ao grupo Panteras Negras e pelo envolvimento nos movimentos feministas e de luta pelos direitos civis. Na década de 80, virou campeã de vendas com seus vídeos de malhação.Chegou a anunciar sua aposentadoria nos anos 90, mas atualmente com 70 anos, ainda roda alguns filmes, como a comédia “Ela é Poderosa”, em que interpreta a avó de Lindsay Lohan.


  • Mary Quant

A moda se transformou nesse período, e Mary Quant foi um dos arautos. Ela introduziu o elemento da juventude, onde antes existia apenas a criança e o adulto. A magreza da modelo Twiggy, que trabalhava com a estilista, foi introduzida como um padrão de beleza. Mary Quant criou o visual da identidade moderna, e a referência chegou intacta até hoje. Antigamente os filhos queriam se vestir como os pais, e hoje são os pais que querem se vestir como os filhos. A juventude é o objeto de desejo de todo mundo, e a minissaia, criada por Quant, é o símbolo máximo dessa mudança.





  • Mia Farrow

Mãe do diabo, musa de Woody Allen, esposa de Frank Sinatra, Mulher Traída, Ativista Política. Estas são apenas algumas das muitas faces de Mia Farrow. Estreou no cinema aos 14 anos, aos 19 já era estrela e aos 21 casou-se com Frank Sinatra. Foi a capa da primeira edição da revista People em 74.Tornou-se ativista política, trabalhou para a UNICEF e conseguiu que Steven Spielberg largasse a organização da festa das Olimpíadas, por causa da situação do Tibete oprimido pelos Chineses. Sem dúvida, uma mulher de seu tempo.





  • Catherine Deneuve

Catherine Deneuve é uma atriz francesa considerada um modelo de elegância e beleza e uma das mais respeitadas atrizes do cinema francês e mundial. Deneuve estreou no cinema aos 13 anos, em 1956, e durante a adolescência trabalhou em diversos pequenos filmes. Nos anos 1960, Deneuve fez a reputação de símbolo sexual frio e inacessível através de filmes em que interpretava donzelas lindas e frígidas como A Bela da Tarde de Luis Buñuel e Repulsa ao Sexo de Roman Polanski. Durante os anos 1960 e 70, Catherine Deneuve teve uma rica carreira cinematográfica, estrelando filmes de sucesso internacional, que além de a afirmarem como a grande estrela do cinema europeu da época, a transformaram no sinônimo de beleza francesa, fazendo dela a musa da alta costura da França, principalmente do estilista Yves Saint Laurent e o rosto dos perfumes Chanel (o Chanel Nº 5, ligado a seu rosto e sua imagem, foi o mais vendido e famoso perfume do mundo por mais de duas décadas), levando-a a substituir Brigitte Bardot como a efígie de Marianne, a figura feminina oficial da República da França, estampada em selos e moedas do país.
  • Brigitte Bardot

A atriz francesa Brigitte Bardot determinou de forma decisiva a imagem da mulher no final dos anos 1950 e início da década de 60. Era uma garota de aspecto natural com um enorme sex appel, misto de leviandade e ingenuidade. Com cabelos loiros despenteados, lábios carnudos e grandes olhos escuros, Brigitte encarnou perfeitamente a mistura fascinante da ninfeta com a femme fatale. Tornou-se ativista dos direitos animais, após se retirar do mundo do entretenimento e se afastar da vida pública. Popularizou as camisetas pretas, os vestidos leves e decotados e foi uma das primeiras a adotar o biquíni na praia. Seu sutiã com armação de arame, usado bem alto, virou mania; isso sem falar no xadrez Vichy, que ela usou em seu casamento e que continua moderno até hoje, sempre vinculado à figura de Bardot.




 Esses ícones da época, deixaram na sua maneira de vestir uma impressão digital do seu gosto pessoal. Qualquer tailleur comportado ou grandes óculos escuros e arredondados remetem à imagem da primeira-dama. O raio-X mostra que o que é pessoal e intransferível será sempre elegante. Mesmo com o passar do tempo, não desatualizaram o visual e nem o discurso.
xoxo,
          C.
Ps.: Matéria que escrevi essa semana para a souffle
Ps².: Mais uma vez o blogger boicotando meus padrões estéticos de formatação :)

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